sábado, dezembro 30, 2023

Retrospectiva da Saúde Global em 2023: Algumas Reflexões

 

Ano 18, Número 142, Dezembro de 2023

 

André Medici

O Legado da Pandemia

Tecnicamente, o ano de 2023 foi considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o ano em que a pandemia deixou de ser epidêmica para ser endêmica. Isto significa que as taxas de contaminação pandêmica se reduziram sensivelmente, na média mundial, ao longo do ano. Desde o início da pandemia, de acordo com os dados da OMS, o maior número de casos globais foi registrado na semana de 25 de dezembro de 2022 (44,4 milhões), mas quando se compara esta mesma semana com a mesma semana de 2023, o número de casos registrados caiu para 259,1 mil, o que demonstra uma expressiva redução ao longo do ano (ver gráfico 1).

Gráfico 1 – Número de casos semanais de Covid-19 ao Nível Global:

Janeiro 2020-Dezembro de 2023 (em milhões de casos)

Fonte: OMS, Link: https://data.who.int/dashboards/covid19/cases?n=c

Nos Estados Unidos, a primavera de 2023 registrou as mais baixas taxas de contaminação desde o início da pandemia e o chamado Covid de longo prazo (com uma série de sintomas como confusão mental, além de problemas respiratórios, cardiovasculares e neurológicos), que muitos pensavam ser um problema crescente, se encontra em declínio desde 2022, mas ainda com muitos casos remanescentes e sem grandes perspectivas relacionadas a descoberta de sua causa e tratamento.

Com menos casos pandêmicos, a maioria dos países reverteu o regime de emergência sanitária, tornando possível retomar a produção de serviços de saúde que estava adormecida por conta da redução de demanda por cirurgias e procedimentos ambulatoriais comuns não vinculados à pandemia, mas esse processo não ocorreu de forma similar em todos os países, dado que muitos ainda estão em processo de recuperação da capacidade instalada e da contratação de profissionais de saúde que desertaram, por burnout ou fadiga, ou foram desligados por instituições que descontinuaram temporariamente seus serviços.

O fechamento de hospitais e instalações de saúde e, principalmente, a falta de pessoal de saúde no pós-covid são problemas que podem afetar a expansão e a qualidade dos serviços de saúde nos próximos anos, o que contrasta com a necessidade urgente de profissionais de saúde associada ao envelhecimento da população, a crescente incidência de doenças crônicas e de doenças mentais. Embora não existam dados globais, pode-se dizer que somente nos Estados Unidos, o número de pessoas ocupadas no setor saúde caiu de 16,2 para 14,9 milhões entre abril de 2019 e abril de 2020. Desde então esse percentual vem se recuperando num ambiente de maior rotatividade de empregos e custos mais elevados para o setor[i]. A Europa também enfrenta uma redução relativa do número de profissionais e um envelhecimento de sua força de trabalho em saúde no pós-pandemia, afetando fortemente a capacidade de entrega de serviços. Segundo reportagem do Financial Times, entre 15% e 25% das unidades de tratamento intensivo na Europa foi desativada por falta de pessoal[ii].

Muitos estudos indicam que, os EUA poderão registar um déficit de 200.000 a 450.000 enfermeiros registados até 2025 e uma escassez de mais de 3,2 milhões de trabalhadores de saúde com salários mais baixos, tais como assistentes médicos, auxiliares de saúde e auxiliares de enfermagem, nos próximos cinco anos. Os gerentes do setor devem buscar estratégias para neutralizar os impactos negativos da escassez de mão de obra. Com a expectativa de que tal escassez continue, será importante promulgar políticas que aumentem a oferta de força de trabalho em saúde nos próximos anos para enfrentar os desafios da cobertura universal e do envelhecimento.

 

A Intensificação dos Conflitos Armados

Embora o presente século não tenha sofrido conflitos armados de forma tão intensa como ocorreu no século passado, esta situação se reverteu recentemente na África, no Oriente Médio e na Europa do Leste.

Embora a maior parte dos conflitos armados recentes ocorra em países africanos (96 dos 182 conflitos armados existentes em 2022) estes tem recebido muito pouca atenção, seja das forças de paz das Nações Unidas, seja da imprensa internacional ou dos países no resto do mundo. Existe uma certa tolerância internacional de que neste continente ocorram guerras e conflitos frequentes, e muitos deles podem atingir dimensões dantescas, em termos de vidas perdidas e desastres socioeconômicos.

No entanto, as recentes guerras da Etiópia e Ucrânia e o conflito armado provocado pela invasão do grupo terrorista Hamas à Israel, em 8 de outubro de 2023, inauguram um processo que não se sabe quanto tempo irá durar.

Gráfico 2 – Número de mortes derivadas de conflitos armados

segundo regiões mundiais: 1946-2022

Fonte: Uppsala Conflict Data Program (2023); Peace Research Institute Oslo (2017)

 

Entre 2010 e 2022, o número de conflitos armados ao nível global aumentou de 84 para 182. Ao mesmo tempo, vale mencionar que alguns conflitos podem ser mais letais do que outros. Portanto, o número de conflitos não necessariamente reflete o número de mortes. O gráfico 2 mostra que, entre 2010 e 2022, o número de mortes por conflitos armados aumentou de 21,1mil para 204,0 mil. Os dados para 2023 ainda não fecharam, mas provavelmente atingiram números equivalentes ou maiores do que em 2022.

Ao lado das mortes e dos traumas físicos e mentais trazidos pelos conflitos armados, tem-se ainda a perspectiva de destruição dos sistemas de saúde das regiões afetadas, diminuindo a capacidade de atendimento da população mais carente que depende destes serviços.

 

Problemas de Saúde Mental

Os transtornos mentais têm sido, desde 1990, uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, sem evidências de uma diminuição da carga de doença associada a estas condições. Os estudos existentes têm demonstrado o impacto da pandemia do COVID-19, das guerras e da violência no aumento dos transtornos mentais, especialmente nos últimos dois anos. Análises sobre a carga de doença mostram também o impacto de temas como o abuso sexual durante a infância, a violência doméstica e a vitimização por bullying como fatores de risco para o aumento da incidência de condições de saúde mental.

Dados da OMS demonstram que casos de depressão e ansiedade aumentaram 25% no primeiro ano após o surgimento do Covid-19 e a demanda por serviços de saúde mental continuou elevada ao longo de 2022 em regiões como a América Latina e Caribe, segundo dados recentes do Banco Mundial[iii]. No entanto, apenas 2% dos orçamentos nacionais de saúde – e menos de 1% da ajuda internacional de saúde – são dedicados a essas enfermidades, segundo a OMS. Em 2024, os países deverão aumentar sua resposta em matéria de atenção e financiamento à saúde mental.

De acordo com a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), O Brasil é o país com a maior prevalência de depressão na América Latina[iv], e as principais razões são a falta de acesso a tratamento de qualidade na rede pública de saúde, o estigma social existente em relação aos transtornos mentais e a falta de protocolos de atendimento para vários transtornos mentais, incluindo a depressão.

Em 2023, segundo o Jornal o Globo[v], o Ministério da Saúde ampliou o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) com investimentos que poderão chegar a R$ 414 milhões no período de um ano. A expectativa é que a RAPS tenha crescimento anual superior a 5% nos próximos quatro anos. O repasse será direcionado para os 2.855 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) existentes no país e para os 870 Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT).

 

Os Efeitos das Mudanças Climáticas na Saúde

Mudanças climáticas têm afetado a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo e seus efeitos deverão piorar ao longo deste século. Ondas de calor extremo e desastres naturais ceifam a cada ano um número maior de vidas e aumentam as condições de desproteção, especialmente nos países mais pobres. As inundações levam populações a abandonarem as suas casas e afetam sua saúde mental. As secas e as tempestades têm afetado a segurança alimentar e a disponibilidade de água, e os incêndios florestais têm aumentado a poluição atmosférica e a incidência de doenças respiratórias. A preparação para o enfrentamento das mudanças climáticas e desastres naturais é fundamental para mitigar seus impactos crescentes. Políticas de prevenção, baseadas em fontes limpas e alternativas de energia que reduzam as emissões de carbono, poderão contribuir muito para a redução futura dos efeitos deletérios das mudanças climáticas na saúde.

Dados na ONG Save the Children[vi] estimam que pelo menos 12.000 pessoas - 30% mais do que em 2022 - perderam a vida devido a inundações, incêndios florestais, ciclones, tempestades e deslizamentos de terra em todo o mundo ao longo de 2023. A análise demonstra que os países com renda mais baixa foram os que suportaram o maior peso da crise climática em 2023, com mais de metade das pessoas mortas. Quase metade (45%) das mortes por desastres naturais (5.326) ocorreram em países responsáveis por menos de 0,1% das emissões mundiais, de acordo com a Base de Dados de Emissões da UE para a Investigação Atmosférica Global (EDGAR).

A análise mostra que crise climática afeta desproporcionalmente os países que menos fizeram para a causar e que, ao mesmo tempo, são os mais frágeis para resistir aos seus efeitos mais prejudiciais, consolidando ainda mais a desigualdade, a pobreza e impulsionando as migrações internacionais. Os desastres climáticos deixam as crianças sem abrigo, fora da escola, com fome e com medo de que inundações, tempestades e incêndios florestais ceifem a vida dos seus entes queridos.

Como base para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS) até 2030, espera-se que a ênfase das ações dos governos esteja voltada para reduzir as emissões que levam ao aquecimento global. No entanto, apesar das boas intenções reveladas na Conferência Mundial de Mudança do Clima (COP28) em 2023, realizada em Dubai, os acordos que saíram das reuniões que contaram com a presença de mais de 130 países foram considerados demasiadamente modestos.  A solução irá depender dos compromissos dos governos e das empresas petroleiras, onde os interesses econômicos imediatos acabam ficando à frente das necessidades de transformação. Atualmente, as alterações climáticas exigem soluções mais urgentes do que nunca e é necessário prestar muito mais atenção aos impactos na saúde global que deverão ser mitigados através de adaptações ou do aumento da resiliência.

Soluções para os desafíos climáticos serão cada vez mais importantes para melhorar a saúde geral e reforçar o desenvolvimento socioeconómico, especialmente entre os países mais vulneráveis. Novas tecnologias e políticas ambientais poderão apoiar a adaptação climática no futuro, entre elas o uso de culturas agrícolas resistentes à seca, o aumento da vegetação nas cidades para reduzir o efeito estufa urbano e a reorientação da utilização dos solos para adaptação à subida dos níveis do mar.

A poluição atmosférica é um dos principais fatores que afetam a carga global de doença, respondendo por 8% de toda a mortalidade global. Mas na medida em que as soluções para este problema são conhecidas, aumentar a velocidade de redução das fontes de poluição atmosférica salvará vidas desde hoje. Essas soluções aproximarão o mundo dos objetivos de emissões líquidas zero de carbono para, em última análise, enfrentar as causas das mudanças climáticas.

 

Tendências Globais na Universalização da Cobertura de Saúde

Desde a declaração da ONU que instituiu os ODS, o Banco Mundial e a OMS desenvolveram uma métrica para medir o alcance da cobertura universal de saúde (UHC Index)[vii], que é uma medida da proporção da população que pode aceder a serviços essenciais de saúde (indicador ODS 3.8.1) sem enfrentar dificuldades financeiras (indicador ODS 3.8.2). O UHC index, o qual varia de zero a cem, aumentou ao nível glogal, de 45, em 2000, para 68 em 2021.

No entanto, o progresso no aumento da cobertura se abrandou desde 2015, subindo apenas 3 pontos entre 2015 e 2021 e ficando estável a partir de 2019. Provavelmente a pandemia teve uma forte influência na estagnação do score desse índice, criando dificuldades para que os países realizem progressos significativos rumo à cobertura universal de saúde até 2030. A proporção da população que enfrentou níveis catastróficos de despesas correntes com a saúde aumentou continuamente desde 2000. Este padrão global é consistente em todas as regiões e na maioria dos países.

Tanto a OMS como o Banco Mundial não acreditam que o cumprimento da universalização de cobertura de saúde será alcançado até 2030, mas ao mesmo tempo enfatizam que sua consecução está associada ao desenvolvimento de sistemas de saúde eficientes e equitativos, enraizados nas comunidades, com base na atenção primária, com uma força de trabalho qualificada e equipada e com ênfase no enfrentamento dos riscos ambientais e socioeconómicos que afetam a saúde e o bem-estar, incluindo a preparação, resposta e recuperação de emergências sanitárias.

 

Tendências da Inflação em Saúde

Depois do primeiro ano da pandemia, quando houve uma tendência a redução dos preços no setor saúde, ocorre uma pressão global contínua na inflação médica. De acordo com o Relatório da Pesquisa Global de Tendências Médicas de 2023 da WTW, os custos médicos globais deverão aumentar para 9,2% em 2023, depois de um aumento de 8,8% em 2022 e de 8,2% em 2021. Esta tendência ao aumento deverá se manter em 2024, onde a empresa consultora Aon estima o crescimento da inflação médica global ao redor de 10,1%. Este valor difere da estimativa da Price Waterhouse and Coopers (PwC Health Research Institute) que projeta uma tendência global de aumento dos custos médicos de 7,0% em 2024, tanto para os mercados de seguros individuais como para os mercados de seguros coletivos. O relatório da PwC destaca que o setor saúde se encontra sob pressão devido à inflação elevada, ao aumento dos salários e outros custos, que são agravados pela escassez de mão de obra clínica.

 

Fusões, Aquisições e Concentração dos Mercados em Saúde

Apesar da inflação em saúde mais elevada, os analistas dos mercados em saúde estão otimistas em 2024 em relação ao crescimento dos volumes de concentrações, fusões e aquisições. No entanto, mesmo com alguns negócios de alto perfil ocorridos no primeiro semestre do ano nos Estados Unidos, como a aquisição da Signify Health pela CVS e a compra do Grupo LHC pela United Health, a atividade de fusões no setor saúde tem se desacelerado nos últimos anos. Alguns fatores específicos, como a forte procura de cuidados de saúde domiciliários e cuidados paliativos, demonstraram o crescimento seletivo do movimento de aquisições em alguns sub-setores do mercado de saúde.

Os sistemas privados de saúde têm aumentado o volume de fusões e aquisições para permanecerem explorando as potencialidades de mercados mais abrangentes. Uma pesquisa da KPMG em 2023, envolvendo investidores na área da saúde e do setor farmacêutico, revelou que 60% dos entrevistados afirmaram que planeavam intensificar a atividade de fusões e aquisições em 2024, ainda que a inflação e a elevada taxa de juros possam criar pressões desfavoráveis a estes movimentos.

No Brasil, embora o número de fusões e aquisições em 2022 tenha sido 36% menor do que ocorrido em 2021, foram realizadas 53 operações desta natureza nos mercados brasileiros de saúde, englobando hospitais, laboratórios de análises clínicas e as companhias de produtos químicos e farmacêuticos, de acordo com dados da KPMG (ver gráfico 3). Um exemplo deste movimento em 2022 foi a fusão da Rede Dor com a Sul América Seguros de Saúde – um negócio avaliado na época em US$3,1 bilhões.

Mas ainda que os dados não estejam consolidados, pode-se dizer que após esse grande movimento de fusões e aquisições nos mercados de saúde, entre 2019 e 2022, o ano de 2023 parece ter sido mais comedido neste processo, seguindo a desaceleração iniciada em meados de 2022.

 Gráfico 3 – Número de fusões e aquisições do setor saúde no Brasil:

2012-2022




Fonte: KPMG

Além de um cenário menos atrativo para investimentos, a necessidade de consolidação do que foi comprado, com a captura sinergias, esteve no centro das atenções para o setor nos últimos meses no ano que finda. No entanto, com as perspectivas de queda da inflação e cortes nas taxas de juros, é possível que haja uma recuperação deste mercado de fusões e aquisições em saúde em 2024.

 

A gestão de saúde e estratégias disruptivas

Os gestores de saúde se encontraram em um ponto de inflexão em 2023 que vai perdurar ao longo dos próximos anos. Ao mesmo tempo em que são dirigidos a transformar a experiência dos pacientes enfrentam pressões para a sustentabilidade e reestruturação financeira. Muitos operam com modelos de negócios e tecnologias obsoletas e necessitam reformar sua infraestrutura. Neste processo, perdem espaço para start-ups que já são criadas sobre a base de novas tecnologias, saúde digital e inteligência artificial, dando espaço para modelos de cuidados reinventados para dar atendimento remoto e customizado para os pacientes.

Para a maioria das instituições de saúde passa a ser imperativo construir novas capacidades para aumentar sua vantagem competitiva, e cada plano ou sistema de saúde precisa ter sua estratégia para conduzir estas transformações e não correr o risco de ficar ainda mais para trás.

Empresas consultoras como a PwC estimam que, somente nos Estados Unidos, haverá um aumento de receita de US$ 1 trilhão no setor saúde nos próximos cinco anos, baseados em modelos inovadores de financiamento e pagamento aos provedores, como o value-based health care, lastreados na experiência do paciente, na saúde populacional e na sustentabilidade financeira baseada na eficiência e resultados. Maior integração em equipes do trabalho em saúde, com forte apoio tecnológico, será crucial e o uso de big data e analytics serão essenciais nesse processo. Pode-se dizer que, embora algumas dessas tendências já estejam no mercado há alguns anos, a pandemia criou processos que tornaram mais lentos os investimentos e a capacitação necessária para essas transformações.

Em resumo, os próximos anos mostram a necessidade de retomar o setor saúde atacando, pelo menos seis pontos: (i) aumentar o acesso e reduzir os custos setoriais; (ii) digitalizar os cuidados de saúde através do uso de dados e da inteligência artificial; (iii) atrair e reter mais clientes; (iv) repensar o risco do mercado de saúde, enfrentando ataques cibernéticos, novas formas disruptivas de concorrência, continuidade dos negócios em momentos de crise e qualidade e segurança para os pacientes, (v) desenvolver formas criativas de enfrentar a crescente escassez de força de trabalho no setor e (vi) gerar modelos de negócio liderados pela entrega de valor a todos os stakeholders.

Espero que esta seja uma boa leitura para o fim deste conturbado ano de 2023 e desejo a todos um 2024 repleto de criatividade, imaginação e resultados.



[i] Ver artigo da Kaiser Family Foundation (KFF), link: https://www.healthsystemtracker.org/chart-collection/what-are-the-recent-trends-health-sector-employment/#Cumulative%20%%20change%20in%20health%20sector%20and%20non-health%20sector%20employment,%20January%201990%20-%20October%202023

[ii] Neville, S., & Ricozzi, G., Europe’s post-Covid healthcare problem: how staff burnout has hit services. Treatment backlogs and poor recruitment aggravate chronic mismatch between demand and resource, Link: https://www.ft.com/content/109898ac-9a70-4da8-86c1-ac14d1adc1bb

[iv] Ver Organização Pan-Americana da Saúde. Nova Agenda de Saúde Mental para as Américas: Relatório da Comissão de Alto Nível sobre Saúde Mental e COVID-19 da Organização Pan-Americana da Saúde – Resumo executivo. Washington, D.C.: OPAS; 2023. Disponível em: https://doi.org/10.37774/9789275727225

[vi] A Save the Children utilizou a base de dados internacional de catástrofes (EM-DAT) para identificar o número de pessoas mortas em consequência de incêndios florestais, inundações, ciclones e outras tempestades e deslizamentos de terra desde 2019. Secas e extremos de temperatura, embora ligados às alterações climáticas, foram excluídos devido a à dificuldade em capturar todas as mortes atribuídas a estes. A base de dados EM-DAT foi acedida pela última vez em 18 de dezembro de 2023 e abrange até 6 de dezembro de 2023. Dado que os dados de 2023 ainda estão incompletos, as variações homólogas foram calculadas com base nas médias mensais desse ano.

[vii] A definição precisa do UHC Index pode ser encontrada no link: https://unstats.un.org/sdgs/metadata/files/Metadata-03-08-01.pdf

 

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